30 de junho de 2011

Ministério Público Federal investiga paralisação na Trensurb

0 Comentários
O MPF em Novo Hamburgo instaurou Inquérito Civil Público para investigar a interrupção do serviço da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb), ocorrido no último dia 21 de junho, causando transtornos para cerca de 40 mil gaúchos que utilizam esse meio de transporte. O Trensurb, cujo trajeto atende de Porto Alegre a Novo Hamburgo, é empresa pertencente à União.

De acordo com o procurador da República no município de Novo Hamburgo, Celso Tres, a “interrupção do serviço, entre a estação Fátima de Canoas e a capital, ocasionou graves lesões aos direitos dos usuários, violando o Código de Defesa do Consumidor(Lei 8.078/90) e do Sistema Nacional de Viação (Lei nº 10.233/01)”.

Conforme avaliação do procurador da República, não houve sistema de informações minimamente eficientes aos cidadãos, instalando-se o caos, com longas filas nas estações. Ele acrescenta, ainda, que “o suprimento de emergência, através dos ônibus disponibilizados no sentido interior-capital e vice-versa, foi barbaramente deficitário. As pessoas, espremidas nas estações e vagões à moda de gado enviado a matadouro, foram vilipendiadas. Passageiros ficaram ao desabrigo nas paradas no interminável aguardo do transporte rodoviário”.

No inquérito civil, entre outras ações, a procuradoria da República exigirá do Trensurb plano detalhado de emergência, em caso de ocorrerem novas paralisações, no qual sejam definidas antecipada e eficientemente soluções para minimizar os prejuízos dos usuários. Além disso, devem ser providenciadas compensações dos danos padecidos pelos cidadãos.

http://www.prrs.mpf.gov.br/app/iw/nti/publ.php?IdPub=60504

Empresa não pode se negar a negociar o ACT

0 Comentários
Conforme o artigo 616 da CLT:

Os sindicatos representativos de categorias econômicas ou profissionais e as empresas, inclusive as que não tenham representação sindical, quando provocados, não podem recusar-se à negociação coletiva.

§ 1º. Verificando-se recusa à negociação coletiva, cabe aos sindicatos ou empresas interessadas dar ciência do fato aos órgãos regionais do Ministério do Trabalho, para convocação compulsória dos sindicatos ou empresas recalcitrantes.

§ 2º. No caso de persistir a recusa à negociação coletiva, pelo desatendimento às convocações feitas pelos órgãos regionais do Ministério do Trabalho, ou se malograr a negociação entabulada, é facultada aos sindicatos ou empresas interessadas a instauração de dissídio coletivo.

§ 3º. Havendo convenção, acordo ou sentença normativa em vigor, o dissídio coletivo deverá ser instaurado dentro dos 60 dias anteriores ao respectivo termo final, para que o novo instrumento possa ter vigência no dia imediato a esse termo.

§ 4º. Nenhum processo de dissídio coletivo de natureza econômica será admitido sem antes se esgotarem as medidas relativas à formalização da Convenção ou Acordo correspondente.

Impasse das escalas permanece em aberto!

0 Comentários
A empresa apresentou ao sindicato uma proposta de acordo de escalas que acresta no atual acordo a escala 4x2 turno fixo e suas variantes. O Sindimetrô, através da comissão eleita em assembleia, rechaçou tal proposta e contrapos a escala 6x4 (nos turnos manhã e tarde) no atual acordo.

Até o momento não houve nenhuma resposta por parte da empresa. Vale lembrar que a assembleia continua em aberto e em estado de greve. Reabriremos a mesma quando tivermos a resposta da empresa.

29 de junho de 2011

Congresso da Fenametro

0 Comentários
Nos dias 25, 26, 27 e 28 de agosto de 2011 será realizado o 4° Congresso Nacional dos Metroviários, em São Paulo. O Sindimetrô estará presente representado pelos delegados natos (Sandra Clavé, Berenice, Bolzen, Schuster e Luis Carlos) e mais oito delegados eleitos em assembléia específica. Este será um momento para discutirmos a luta da categoria metroviária de todo o Brasil, integrando nossa realidade com metroviários de outros estados. Em breve estaremos publicando a data da assembleia para os interessados.

28 de junho de 2011

Sindicato tem reunião com Geope e Seope

0 Comentários
As diretoras Sandra Clavé (Comunicação) e Adriane Ferrandis (Finanças) participaram de uma reunião com o gerente de Operações (Geope), Rubenildo de Azevedo, e o chefe do Setor de Operações (Seope), Enrico Giovanella, para tratar do efetivo das estações. Foi dito que está autorizado a contratação de 20 a 25 novos funcionários em caráter de urgência devido a situação critica que se encontra os colegas das estações. Esperamos que se confirme!

27 de junho de 2011

Negociações para ACT paradas

0 Comentários
Passados mais de três meses da entrega da nossa Pauta de Reivindicações, houve apenas duas reuniões onde foram discutidas apenas as cláusulas sociais - aquelas que não incidem impacto financeiro. Estamos, desde a troca da diretoria, aguardando para que nos proponham um índice de reposição salarial. Entendemos que há um processo de transição na diretoria da empresa, mas também entendemos que a negociação de data base é uma das prioridades. Houve mais uma prorrogação do atual acordo (2010/2011), por mais 15 dias (pela terceira vez) e, até o momento, o Dest não apresentou índice. Será que vamos até agosto?

O Sindimetrô protocolou no dia 28/06 um pedido de reunião para continuar as negociações. Estamos aguardando!

Cadê o trem?

0 Comentários
Por Cláudio Brito*
As pessoas que vivem à beira da linha do trensurb acompanhavam eufóricas as obras da extensão dos trilhos até Novo Hamburgo. Urbanização, ampliação de vias de acesso, renovação de cenário e valorização de propriedades vizinhas.

Calculou-se que, diariamente, serão mais de 30 mil novos usuários. Dependentes. Sim, hoje são 180 mil passageiros dependendo dos trens para chegarem ao trabalho e às universidades. Amontoam-se em vagões que não têm ar-condicionado e que agora tiveram capacidade “ampliada” pela retirada de alguns assentos.

Qualquer dia, ninguém mais senta e a direção da companhia fará festa para anunciar o conforto. Mas em poucos meses estarão funcionando as novas estações, modernas, bem instaladas e até bonitas em sua arquitetura. Só um detalhe foi esquecido: o trem.

Hoje são 25 trens de quatro vagões, indo e vindo a cada cinco minutos nos horários de pico e mais espaçadamente em horas e dias de menos demanda. Os mesmos trens que viajarão mais alguns quilômetros e recolherão os novos clientes.

Quem pensou em vencer as distâncias da Região Metropolitana no trem, esqueça de receber um tratamento civilizado.

Vai chegar antes do que o ônibus ou mesmo o carro particular permitiriam, pois as estradas estão congestionadas nas horas em que se começa ou termina a jornada de trabalho. A tarifa do trem é subsidiada e ainda aceitável. Terminam aí as vantagens do trem suburbano.

Não precisava ser o trem-bala dos japoneses, nem os eficientes, rápidos, limpos e confortáveis trens da Alemanha, mas os milhões de reais empregados no trensurb deveriam contemplar a aquisição de novas composições. É de pasmar a informação conformista distribuída pela direção da empresa.

Os novos trilhos não serão acompanhados de novos trens. Fala-se com pouco entusiasmo na compra de sete novos carros com seis vagões, o que atenderia melhor os novos passageiros.

Falta dinheiro, dizem. Seriam necessários R$ 400 milhões. Inacreditável que só se fale nisso agora que os trilhos estão esticados por quase 10 quilômetros inexplorados.

Chegarão a Novo Hamburgo os mesmos velhos e já acanhados trens de quatro vagões. Partirão lotados da nova estação e virão incomodando e irritando outros milhares de estudantes e trabalhadores até Porto Alegre. E para voltar? Trinta mil pessoas a mais nas estações Mercado, São Pedro, Farrapos e Anchieta.

Planejamento? Estratégias? Tudo esquecido, porque missão e finalidade estão jogadas em um canto qualquer de um gabinete onde se reúnem aqueles que decidem o destino de quem depende do trem.

Mandar que os trilhos avancem e nenhuma providência adotar para que venham mais trens só pode ser coisa de quem nunca usa o trem. Estarão engravatados e sorridentes na viagem inaugural da extensão, antecedidos por recepcionistas e seguranças. Viagem confortável por certo. Na manhã seguinte, a realidade do trem superlotado.

Quando o verão chegar, então, uma sauna ambulante pelos trilhos da ineficiência. Novos trens, talvez, daqui a mais de três anos, se resolverem comprá-los, o que ainda não fizeram.

*Jornalista do jornal Zero Hora

16 de junho de 2011

Extensão até novo hamburgo, aeromóvel... E gente para operar tudo isso?

0 Comentários
Semana que vem deve iniciar as obras de fundação e estaqueamento para a implantação do Aeromóvel que vai ligar a Estação Aeroporto do metrô ao Aeroporto Internacional Salgado Filho. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sman) expediu a Licença de Instalação que autoriza a Premold, companhia responsável por esta primeira parte do projeto, a começar o trabalho na elevada. Segundo a Trensurb, a meta é que todo o sistema esteja concluído até o final do ano e as primeiras operações assistidas comecem em janeiro de 2012. O investimento total estimado é de R$ 29.877.957,31.

HÁ VAGAS!

Não é preciso ser especialista em transporte público para enxergar o fato de que a Trensurb necessita aumentar urgentemente seu quadro pessoal. As obras de extensão do metro até NH e, agora, com o Aeromóvel, exige medidas da direção da empresa para a contratação e treinamento de pessoal para a operação, segurança e manutenção dos novos equipamentos. O último concurso público gerou um bom cadastro reserva e deve ser usado para sanar a grande falta de efetivo que se tem atualmente e que será agravado consideravelmente com a inserção de novos postos de trabalho.

ACT é prorrogado

0 Comentários
Foi prorrogado até o dia 30 de junho o Acordo Coletivo do ano passado. Também foram prorrogadas as escalas de trabalho pelo mesmo período. O Sindimetrô abriu as negociações no dia 15 de março do ano corrente, mas pouco se avançou na pauta.

O sindicato vem fazendo sua parte, convocando a empresa para a mesa de negociações para dar andamento ao processo. Apenas três reuniões de negociação (duas com a antiga gestão e uma com a nova) foram realizadas até o momento.

Algumas cláusulas sociais foram referendadas com a gestão antiga da empresa, mas as econômicas não tiveram avanço algum.

Com a mudança na direção da Trensurb e o processo de sucessão, que não é tão complexo assim – já que continuam os mesmos integrantes da gestão passada, havendo apenas uma dança de cadeiras – é necessária urgentemente a formação de um calendário de encontros para que se possa estabelecer um diálogo franco e direcionado ao andamento das negociações.

OS TRABALHADORES NECESSITAM SER AMPARADOS EM SUAS NECESSIDADES!

Trensurb sob nova direção

0 Comentários
A Trensurb, depois de sete anos sob o mesmo “reinado”, agora tem um novo presidente. Humberto Kasper (foto) é mais um nome conhecido da categoria metroviária que toma posse do principal cargo da empresa. E isso ocorre num momento de grandes conturbações na relação da Trensurb com os seus empregados. Obviamente, quando acontece mudanças, novas expectativas também são geradas. A do sindicato e da categoria é uma renovação no cotidiano das nossas rotinas profissionais.

“Oxigenação”, uma palavra tão utilizada pelo ex-presidente Marco Arildo para dar sustentação a medidas viscerais de eliminação daquilo que ele considerava ruim, independente do sofrimento alheio, agora também serve de bandeira de luta.

A “oxigenação” do relacionamento empregador/empregados, há muito tempo necessita de fatos novos, de respeito, de diálogo, de melhorar e formalizar as relações... Há de se encarar essa relação não como uma afronta, mas como um processo natural onde os trabalhadores, na busca de seus direitos, podem até mesmo adotar medidas combativas, mas que não devem ser interpretadas como ataques pessoais, mas sim a não aceitação de uma política de gestão que deve sim ser revista. Uma empresa deve ser essencialmente humana. Institucionalizar relações a partir de percepções particulares e gerar conflitos muitas vezes por coisas pequenas só demonstra despreparo e falta de capacidade na administração de crises. Qualquer empresa só funciona por causa do seu material humano. São as pessoas que dão o rítmo ao trabalho e a qualidade do mesmo. De nada adianta o presidente da Trensurb ser responsável por diversas obras, se ao mesmo tempo deixar de lado as pessoas que farão com que os empreendimentos funcionem. Quando as pessoas se sentem mal em seus postos de trabalho, o produto/serviço gerado a partir de seu trabalho acaba tendo um resultado ruim. Gestores inteligentes, oferecem o maior aporte possível aos seus funcionários para que a produção seja não só qualificada, mas prazerosa no que diz respeito a sua execução.

No mundo atual, o administrador (independente da área: pública ou privada) que entende a busca de direitos como uma forma de combate as suas propostas de gestão está fadado ao insucesso. Cada pessoa tem uma forma de pensar e agir, mas quando se trata da coletividade, o jogo político envolvido nos relacionamentos para tratar de assuntos pontuais é necessário. E política não se faz de cima para baixo, não se faz com o “eu mando e tu obedece”, não se faz com retaliações, não se faz com carteiraço, mas com diálogo.

A base de sustentação da diretoria da Trensurb continua a mesma: Ernani da Silva Fagundes é o novo superintendente de Desenvolvimento e Expansão (Sudex); Edson Carlos Ferreira do Santos é o novo superintendente de Desenvolvimento Comercial (Sudec); e Claudio Cesar Paim é o chefe da Auditoria Interna (Audin).

A Trensurb é muito grande e merece uma administração séria. É necessário pensar a empresa como um todo. De nada adianta ter uma obra linda e maravilhosa para o povo ver, se dentro das paredes da empresa existem profissionais insatisfeitos e sedentos por melhores condições de trabalho e reconhecimento de suas capacitações. Só o tempo vai dizer como se dará a nova relação com a empresa; mas esperamos que seja na base do diálogo.