16 de junho de 2011

Trensurb sob nova direção

A Trensurb, depois de sete anos sob o mesmo “reinado”, agora tem um novo presidente. Humberto Kasper (foto) é mais um nome conhecido da categoria metroviária que toma posse do principal cargo da empresa. E isso ocorre num momento de grandes conturbações na relação da Trensurb com os seus empregados. Obviamente, quando acontece mudanças, novas expectativas também são geradas. A do sindicato e da categoria é uma renovação no cotidiano das nossas rotinas profissionais.

“Oxigenação”, uma palavra tão utilizada pelo ex-presidente Marco Arildo para dar sustentação a medidas viscerais de eliminação daquilo que ele considerava ruim, independente do sofrimento alheio, agora também serve de bandeira de luta.

A “oxigenação” do relacionamento empregador/empregados, há muito tempo necessita de fatos novos, de respeito, de diálogo, de melhorar e formalizar as relações... Há de se encarar essa relação não como uma afronta, mas como um processo natural onde os trabalhadores, na busca de seus direitos, podem até mesmo adotar medidas combativas, mas que não devem ser interpretadas como ataques pessoais, mas sim a não aceitação de uma política de gestão que deve sim ser revista. Uma empresa deve ser essencialmente humana. Institucionalizar relações a partir de percepções particulares e gerar conflitos muitas vezes por coisas pequenas só demonstra despreparo e falta de capacidade na administração de crises. Qualquer empresa só funciona por causa do seu material humano. São as pessoas que dão o rítmo ao trabalho e a qualidade do mesmo. De nada adianta o presidente da Trensurb ser responsável por diversas obras, se ao mesmo tempo deixar de lado as pessoas que farão com que os empreendimentos funcionem. Quando as pessoas se sentem mal em seus postos de trabalho, o produto/serviço gerado a partir de seu trabalho acaba tendo um resultado ruim. Gestores inteligentes, oferecem o maior aporte possível aos seus funcionários para que a produção seja não só qualificada, mas prazerosa no que diz respeito a sua execução.

No mundo atual, o administrador (independente da área: pública ou privada) que entende a busca de direitos como uma forma de combate as suas propostas de gestão está fadado ao insucesso. Cada pessoa tem uma forma de pensar e agir, mas quando se trata da coletividade, o jogo político envolvido nos relacionamentos para tratar de assuntos pontuais é necessário. E política não se faz de cima para baixo, não se faz com o “eu mando e tu obedece”, não se faz com retaliações, não se faz com carteiraço, mas com diálogo.

A base de sustentação da diretoria da Trensurb continua a mesma: Ernani da Silva Fagundes é o novo superintendente de Desenvolvimento e Expansão (Sudex); Edson Carlos Ferreira do Santos é o novo superintendente de Desenvolvimento Comercial (Sudec); e Claudio Cesar Paim é o chefe da Auditoria Interna (Audin).

A Trensurb é muito grande e merece uma administração séria. É necessário pensar a empresa como um todo. De nada adianta ter uma obra linda e maravilhosa para o povo ver, se dentro das paredes da empresa existem profissionais insatisfeitos e sedentos por melhores condições de trabalho e reconhecimento de suas capacitações. Só o tempo vai dizer como se dará a nova relação com a empresa; mas esperamos que seja na base do diálogo.

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