4 de novembro de 2009

25 anos de conquistas


Em 1984, enquanto a população da Grande Porto Alegre aguardava atenta a conclusão das obras e a abertura do novo e revolucionário sistema de transporte metroviário, os companheiros(as) da primeira leva do quadro de funcionários efetivos da empresa se esforçavam em cursos de aperfeiçoamento e no reconhecimento de técnicas para disponibilizar um serviço de transporte público qualificado a milhares de cidadãos de Porto Alegre, Canoas, Esteio e Sapucaia (até então a linha 1 do metrô ia somente até esse último município).

Relatos de metroviários daquela época indicam que a inexperiência e a precariedade dos ambientes e das ferramentas de trabalho foram ultrapassadas com a força de vontade e a competência de quem tinha em mente uma grande missão: transportar pessoas das mais variadas classes sociais e com os mais diversos destinos (trabalho, escola, universidade...) de forma ágil, rápida e com baixo custo.

São 25 anos de estrada onde não somente a preocupação com o usuário é prioridade entre os primeiros metroviários. A luta por melhores condições de trabalho e o aperfeiçoamento profissional também permeia a história da categoria, que sempre buscou tomar as principais decisões de forma unida, sem temer represálias.

É reconhecido que a nossa categoria não é uma das maiores do estado, tendo em vista que, por causa das seguidas más administrações públicas, o sistema metroviário gaúcho se resume efetivamente a Trensurb; mas é de nos orgulhar o fato de que, mesmo de forma reduzida, temos uma força de atuação maior do que categorias que possuem milhares de profissionais. E essa força, esse reconhecimento começa lá em 1984, quando os primeiros metroviários começaram a construir a história de nossa categoria.

O Sindimetrô saúda os primeiros companheiros metroviários e agradece a força que, inclusive, nos possibilitou existir e nos manter vivos na luta. Sabemos que muitos dos problemas enfrentados lá no início, ainda são presentes na vida de “velhos” e “novos” metroviários. Ainda há muita defasagem no que diz respeito a ferramentas de trabalho, a segurança, a manutenção de direitos, ao terrorismo das chefias... É evidente que, em um momento de festa como esse, nos entristece o fato de alguns dos antigos companheiros traçarem caminhos contrários à causa da categoria; mesmo que a empresa não reconheça isso não tira o brilho da grande maioria dos metroviários que engrandecem a história dos metroviários gaúchos.

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