14 de setembro de 2010

Ainda existem heróis

No último dia 11 (sábado) ocorreu um incidente no pátio de manobras da Trensurb que resultou no descarrilamento de um TUE. Imediatamente foram acionados todos os envolvidos para buscar, com a urgência necessária, a normalização das vias do pátio com a reposição do trem nos trilhos e os concertos necessários.

A idéia inicial foi de contratar guindastes para recolocar o trem sobre os trilhos o que, com o passar do tempo, mostrou-se inviável face às condições do próprio local. Foi justamente aí que apareceram os heróis metroviários. Nossa SEVIP!

Inicialmente imaginem que todo este incidente tivesse ocorrido dentro de um quadro de total terceirização. Final de semana, chuva, condições adversas... Não fossem nossos quadros, com metroviários que vestem a camisa da empresa, o final teria sido diferente. Nossos companheiros trabalharam arduamente, noite adentro, para restabelecer a normalidade da circulação no pátio. Todo o trabalho foi praticamente braçal, com a “construção” de “camas de dormentes” para, com muita dificuldade, colocar o trem nos trilhos.

Acham que com uma terceirizada seria igual? Nem de perto! Aliás, aqueles que afirmam que a terceirização é a solução para o desenvolvimento econômico do país, diminuindo "custo", estão tentando induzir todos ao erro.

A terceirização traz prejuízos à sociedade e à empresa que a adota. Sucateamentos, diminuição dos direitos do trabalhador, gerando postos de trabalho em condições menos dignas. Tudo isto traz deterioração da qualidade do serviço prestado, o que afeta não só o seu consumidor, mas a própria imagem da empresa.
E no caso da Trensurb, não podemos esquecer da responsabilidade solidária e/ou subsidiária da empresa que, terceirizando suas atividades, continua responsável, via de regra, com prejuízos financeiros causados pela busca de indenizações. Incluem-se aí débitos fiscais, como os previdenciários.

Fica claro que uma empresa composta por empregados que "vestem a sua camisa" tem maior capacidade para obter melhores resultados dos pontos de vista da quantidade e da qualidade na prestação dos serviços.

Perguntamos: A quem nossa direção quer servir? Ao lucro a qualquer custo, implicando o aumento das desigualdades sociais ou na valorização dos nossos profissionais? Na valorização do ser humano?

Que a direção da Trensurb tome este incidente como exemplo. Não fosse a condição de nossos metroviários em “vestir a camiseta”, o resultado final não seria o mesmo. Parabéns aos metroviários! Parabéns SEVIP!

PELA VALORIZAÇÃO DA PRATA DA CASA! NÃO A TERCEIRIZAÇÃO!

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