24 de setembro de 2010

Pane no metrô de São Paulo serve de lição a todo o Brasil

Na última terça-feira (21/09), uma das composições de um trem da Linha Vermelha 3 do metrô de São Paulo teve o dispositivo de emergência das portas acionado. Isso culminou com a desenergização da linha entre as estações Pedro II e Sé, na área Central da cidade. Conforme dados da imprensa e da própria empresa gestora do metrô paulista, toda a circulação da linha ficou parada pela parte da manhã. As 18 estações da linha foram fechadas. Muitas pessoas saíram andando pela via permanente, quatro foram para o hospital passando mal e diversas outras ficaram mais de 50 minutos trancada nos trens parados.

A gestão de um sistema de metrô, que serve a milhares de pessoas diariamente, deve ser encarada de forma absolutamente séria e competente. No transporte coletivo, temos uma imensa responsabilidade. Pessoas com os seus mais variados compromissos (estudos, trabalho, entrevistas de emprego, lazer...) depositam em nós e nos nossos instrumentos de trabalho a crença de que seus destinos serão alcançados de forma tranquila e em tempo hábil.

Entre as hipóteses acerca do que ocorreu no metrô de São Paulo está a do excesso de pessoas utilizando um mesmo vagão. As composições estavam lotadas. Na Trensurb essa realidade já faz parte de nossas rotinas. E o que isso significa? Significa que temos de investir constantemente na segurança do sistema e no material rodante (trens). Adquirir novos trens é fundamental! Devemos disponibilizar para a população composições maiores (trens com mais vagões).

A situação ficará mais grave com a expansão de nossos serviços até Novo Hamburgo. Sem a aquisição de novos trens, que já deverão estar disponíveis quando da inauguração do novo trecho, até a manutenção dos trens atuais estará prejudicada. Não teremos disponibilidade de trens para qualquer manutenção mais profunda. Por fim, é necessário um novo estudo em nosso sistema de integrações.

Toda e qualquer obra pública deve ser planejada em seus mínimos detalhes para atender com excelência de serviços a população. Qualquer coisa diferente disto está fadada ao fracasso. Unicamente como exemplo, inaugurações apressadas com fins eleitoreiros.

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