20 de abril de 2010

A crise construída

Não é novidade para ninguém. Desde o funcionário mais antigo ao contratado recentemente sabe que a empresa passa por uma séria crise funcional. A cada dia encontramos menos funcionários nas estações, um dos pontos chaves para atendimento ao usuário. Isso sem falar no restante, como exemplo: a área de manutenção. Por onde andarmos na operação faltam funcionários!

E o que faz a direção da empresa? Continua demitindo e demitindo... Nenhuma outra direção demitiu tanto! As demissões já estão provocando danos irreparáveis a aqueles que têm a sorte de permanecerem em seus empregos. Já não bastassem condições precárias de trabalho em várias das estações, a pressão e a sobrecarga de trabalho aumentam diariamente.

Os metroviários estão adoecendo, física e psicologicamente. São submetidos cotidianamente a uma tormenta de pressões por produção, já que cada “metroviário sobrevivente” deve produzir por, no mínimo, dois trabalhadores.

É uma crise normal? Evidente que não! Esta crise está sendo construída pela direção da empresa, como um jogo de xadrez. Já de muito tempo, cada jogada está sendo ensaiada, pensada para o final pretendido. E qual é? A precarização da mão de obra! Terceirização! Máquinas de bilhetes! Redução do número de funcionários! Redução dos gastos com salários!

Como exemplo prático, em recente ata de reunião produzida na empresa, consta como grande façanha a conquista, por parte do presidente, de verbas para terceirização da SEVIP, SERED e SEMOB.

A pergunta que fica é: aonde a direção da empresa chegará? Bem, aonde ela quer chegar nós já sabemos. Mas somente chegará até onde nós, trabalhadores metroviários, permitiremos. Somente uma grande mobilização em torno de questões como condições de trabalho e manutenção do emprego impedirão o avanço destrutivo da atual direção.

O Sindimetrô está atento, principalmente seu corpo jurídico, para barrar judicialmente atos ilegais. Porém, devemos estar todos unidos neste objetivo.

NÃO AS DEMISSÕES! NÃO AS TERCEIRIZAÇÕES!
BASTA DE VANDALISMOS NA VIDA DOS METROVIÁRIOS!

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