30 de novembro de 2010

Apagão preocupa metroviários

Estamos às vésperas de encerrar mais um ano e as velhas preocupações voltam a assombrar a vida dos metroviários. São os eternos apagões que insistem em retornar, ou melhor, que nossa direção insiste em manter.

O primeiro refere aos aposentados. Velhas práticas discriminatórias voltam à tona. A categoria ainda possui feridas profundas e não cicatrizadas produzidas pela péssima conduta da empresa em um passado recente. Pois agora, a diretoria da Trensurb determinou a suspensão de todas as férias (já programadas) de aposentados para janeiro. Não é difícil imaginar o motivo, certo? Este é o tratamento que a empresa teima em manter para com aqueles que construíram e deram vida a tudo dentro dos muros de vedação. Prata da casa ou política da hipocrisia?


O segundo apagão é o da saúde. Sem maiores detalhes ou alardes, a empresa distribuiu um cartão para acesso ao SESI. Grandes vantagens para os funcionários que dispensa as requisições. Porém, sim, existe um pequeno porém! O atendimento médico, psicológico, de fisioterapia e exames clínicos não existe mais. Pequeno detalhe que atinge a ampla maioria dos metroviários, sejam aqueles que não aderiram ao plano Unimed, sejam aqueles que são atendidos por profissionais específicos do SESI. O Sindimetrô já encaminhou o assunto ao jurídico para análise e medidas a serem adotadas.


O terceiro apagão é o da segurança. Continuam os assaltos em nossas estações. E nós, continuamos com muita sorte! Sorte por, até o momento, não existir nenhum metroviário que tenha sido ferido com gravidade. E as tendências não são boas. Com a disseminação das drogas, especialmente o crack, os assaltos, muitas vezes, são realizados por desequilibrados que podem, a qualquer momento, cometer atos insanos. Enquanto isso, a direção da empresa está preocupada com o lucro.


Aquela história de que o metrô está nas cidades para possibilitar o deslocamento das classes menos privilegiadas, dos trabalhadores de baixa renda entre outros, já era! Agora é lucro! E, de preferência, com construção de lojas e mais lojas. Não se admirem se, num futuro próximo, o usuário não seja obrigado a passar por dentro de lojas para chegar à linha de bloqueio.


Mas não são estas as preocupações de nossa direção! Não são os apagões que preocupam. Suas preocupações são outras! Para eles, a preocupação é pela manutenção de cargos, pela conquista de espaços no loteamento que o governo está promovendo. O resto é resto!


Para nós, metroviários, cada dia é um dia de luta! Unidos por um ideal coletivo não permitiremos que os apagões tomem conta de nossas vidas. Parece que o ano iniciará com grandes batalhas. E tenham certeza, venceremos!

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