14 de abril de 2011

Um congresso muito produtivo

O 8° Congresso dos Metroviários – ocorrido nos dias 08, 09 e 10 de abril em Canela – representa um novo marco na história sindical da categoria metroviária.

A participação dos delegados, dos diretores, dos representantes de outros sindicatos e de centrais sindicais (CTB e CUT) foi fundamental para traçar um novo perfil de luta sindical que começa a ser construida não só no Sindimetrô/RS, mas em todos os demais sindicatos e órgãos representativos dos trabalhadores com o qual mantemos contatos e estão juntos conosco na luta.

Entende-se que a formação de novos sindicalistas é fundamental. A reciclagem e/ou o aprendizado do trabalhador com relação aos atos e as responsabilidades legais que se tem diante de uma representação sindical é fundamental para que a luta pelos direitos dos trabalhadores continue firme e forte. A troca de experiências, a participação do jovem, cursos de legislação trabalhista, seminários, a formação de uma rede nacional de contatos para troca de ideias entre outras medidas devem ser aprofundadas e mantidas de forma contínua.

Hoje em dia o poder público nacional e estadual (RS) são geridos por representantes que tiveram a base de sua formação política dentro dos sindicatos. Utilizando-se das mais variadas ferramentas de pressão e de oposição aos governos ditatoriais e neoliberais, a esquerda aos poucos conquistou/conscientizou o povo brasileiro da necessidade de uma nova proposta de gestão.

Com a abertura política na década de 80 e a volta das eleições diretas, as constantes estocadas de esquerda começaram a dar frutos na conquista de espaços na administração pública. Atualmente, o Brasil e o Rio Grande do Sul estão sendo governados por antigos representantes da classe trabalhadora que fizeram nome, carreira e vivem uma vida confortável (com status, com visiblidade, com remunerações fora do comum...) graças ao crédito que o trabalhador os deu.

Ao sair do sindicato para virar gestor das empresas públicas, muitos dos antigos sindicalistas de peão viraram patrão; e eles adoraram isso, afinal, o gabinete, o terno e a gravata, o carro com motorista, o contato com os “grandões”, o salário gordo...; tudo isso foi um estopim para corromper quem não tem caráter. A Trensurb é o maior exemplo disso: antigos sindicalistas que tiveram formação dentro do Sindimetrô, hoje administram a empresa com mão de ferro, ignorando os anseios dos trabalhadores que, no passado, acreditaram nas promessas de dias melhores.

Entre os diversos temas discutidos, sem dúvida, esse que trata da formação contínua dos trabalhadores para a gestão sindical é a que mais salta os olhos e coloca sobre o sindicato uma responsabilidade enorme e que não sera abandonada!

A produção intelectual do 8° Congresso dos Metroviários foi muito interessante e, em pouco tempo, estará disponível integralmente para a leitura de toda a categoria. O caderno de resoluções, material impresso que traz tudo o que foi discutido durante o Congresso, será publicado em breve.











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