20 de outubro de 2011

Trabalhador no Conselho Administrativo da empresa é lei

O companheiro Arno (Seope), foi indicado pelo Sindimetrô para fazer parte da “Comissão Paritária” que deverá organizar o processo eleitoral para a escolha do representante dos trabalhadores no Conselho Administrativo da Trensurb. Até o momento não fomos convocados para nenhuma reunião sobre este assunto, mostrando que a empresa coloca em segundo plano a participação do trabalhador nas suas decisões.
A participação dos empregados no Conselho de Administração das estatais não é nenhum favor. Na verdade, é previsto na lei de número 12.353, sancionada pelo ex-presidente Lula em 28 de dezembro de 2010.

O que diz a lei?

Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre a participação de representante dos empregados nos conselhos de administração das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

Art. 2º - Os estatutos das empresas públicas e sociedades de economia mista de que trata esta Lei deverão prever a participação nos seus conselhos de administração de representante dos trabalhadores, assegurado o direito da União de eleger a maioria dos seus membros.

§ 1º - O representante dos trabalhadores será escolhido dentre os empregados ativos da empresa pública ou sociedade de economia mista, pelo voto direto de seus pares, em eleição organizada pela empresa em conjunto com as entidades sindicais que os representem.

§ 2º - O representante dos empregados está sujeito a todos os critérios e exigências para o cargo de conselheiro de administração previsto em lei e no estatuto da respectiva empresa.

§ 3º - Sem prejuízo da vedação aos administradores de intervirem em qualquer operação social em que tiverem interesse conflitante com o da empresa, o conselheiro de administração representante dos empregados não participará das discussões e deliberações sobre assuntos que envolvam relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens, inclusive matérias de previdência complementar e assistenciais, hipóteses em que fica configurado o conflito de interesse.

Art. 3º - No caso de os representantes do acionista majoritário deixarem de totalizar a maioria dos membros do conselho de administração, em razão da modificação da composição do colegiado para fins de cumprimento ao disposto nesta Lei, fica autorizado o aumento suficiente do número de conselheiros para assegurar o direito do acionista controlador de eleger a maioria dos conselheiros.

Art. 4º - Para os fins do disposto nesta Lei, fica autorizada a alteração do número máximo de membros dos conselhos de administração das empresas públicas e sociedades de economia mista federais.

Art. 5º - O disposto nesta Lei não se aplica às empresas que tenham um número inferior a 200 (duzentos) empregados próprios. (...)

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