4 de março de 2011

Uma tarde de grandes assembleias

Foi boa a participação dos metroviários
O dia de ontem foi reservado a duas importantes assembleias para a categoria metroviária.

Na primeira, foram discutidas as bases para a organização do 8° Congresso dos Metroviários, a ser realizado entre os dias 8, 9 e 10 de abril. Dados pontuais referentes ao Regimento Interno do Congresso foram lidos e discutidos.

Além da aprovação do Regimento (que em breve estará à disposição de todos no site do sindicato), foi eleita uma Comissão Organizadora. Também foi alterado o número de delegados de 30 para 33.
Ficou aprovada para a data de 30 de março a publicação da proposta de tese dos diretores do sindicato e para até 06 de abril o prazo máximo de emendas.

Na segunda assembleia, relativa à auditoria interna - a mais polêmica e esperada dos últimos meses - foi aprovada a sistemática de ler os tópicos do relatório aleatoriamente, devido ao seu grande volume de dados. Essa proposta foi aprovada por todos os presentes, inclusive, pelo ex-presidente José Luis da Silva Vaz. O levantamento dos dados foi seriamente prejudicado pela falta de documentação. Muitos serviços/produtos adquiridos pelo sindicato na gestão passada deixaram de ser devidamente registrados; o que dificultou o trabalho de auditoria em todas as frentes. O auditor explicou que o uso exacerbado de recibos e não de notas fiscais resultou na inadequação documental de diversos registros fiscais, visto que o recibo não fornece as mesmas garantias de uma nota. Além disso, não havia a preocupação de guardar os lançamentos num sistema contábil organizado. A contratação de serviços sem contrato também foi outro fator prejudicial.

Chama a atenção no relatório, a compra de computadores e equipamentos que não estão no sindicato. Há, inclusive, a compra de um computador no valor aproximado de R$ 3.000,00 (três mil reais) que não se encontra na sede. Também é questionável o investimento na confecção de muitos brasões da Polícia Ferroviária Federal (PFF), sendo que os seguranças da Trensurb não fazem parte da PFF. Há o fato de que o sindicato mandou confeccionar 45 mil agendas, sendo que a categoria não atinge 2.000 pessoas. Houve problemas com o pagamento do seguro de vida dos associados entre outros casos, como do ex-colaborador da área de informática, Eduardo Porto Moresco, que cobra um valor altíssimo por um questionável “empréstimo” feito ao sindicato durante a gestão passada. No tópico “h”, referente à causa trabalhista (proc. 01013) havia no relatório um questionamento sobre o percentual de honorários cobrados, que foi devidamente esclarecido pelo Escritório Pojust.

Os dados são muito controversos e as avaliações devem ser feitas de forma ostensiva para que nenhuma possível irregularidade passe sem ser cobrada dos responsáveis. O plenário aprovou o relatório com a devida resolução no tópico “h” e deliberou que todas as medidas legais possíveis sejam tomadas para defender o patrimônio dos metroviários e a imagem do Sindimetrô. Deliberou-se também que o relatório da auditoria estará às vistas na sede do Sindimetrô para os interessados.

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