24 de setembro de 2011

Trensurb mantém a política de demissões

PT, PSB e PP CONTRARIAM DISCURSOS DE CAMPANHAS E DEMITEM TRABALHADORES SUMARIAMENTE

A administração da empresa continua demitindo metroviários sem nenhum tipo de explicação. Todos nós sabemos do quadro deficitário apresentado em diversos setores e, mesmo assim, segue a dispensa de profissionais essenciais para o funcionamento e operação do sistema.

A Trensurb está demitindo inclusive funcionários com representação na luta sindical e Cipa, atuações que oferecem estabilidade. O sindicato também recebe relatos de funcionários que estão sendo colocados a “disposição para uso” em diversas atividades as quais não foram contratados para exercer e, muitas vezes, dependem de treinamento e qualificação profissional, o que não é oferecido pela empresa. Esse tipo de ato desmotiva e configura-se em Assédio Moral, devendo ser fortemente combatido pela categoria.

O padre Antônio Vieira, citado no livro “Os donos do poder – Formação do Patrimônio Político Brasileiro”, de Raymundo Faoro, disse: “Vede um homem desses que andam perseguidos de pleitos ou acusados de crimes, e olhai quantos o estão comendo. Come-o o meirinho, come-o o carcereiro, come-o o escrivão, come-o o solicitador, come-o o advogado, comoe-o o inquiridor, come-o a testemunha, come-o o julgador, e ainda não está sentenciado, já está comido. São piores os homens que os corvos. O triste que foi a forca, não o comem os corvos depois de executado e morto; e o que anda em juízo, ainda não está executado nem sentenciado, e já está comido”.

E o que faz pensar o texto do padre Antônio? Faz pensar que, aos poucos, estamos sendo excluídos da luta por melhores condições de trabalho; que estamos sendo desviados do direito de participar das decisões, da formação política, de tomar conhecimento do que é nosso, de aprender a lidar com a coisa pública... Cada FG oferecido, cada demissão, cada CC, cada terceirização é uma forma de “comer a categoria” e tentar enfraquecê-la. Mas tudo isso é em vão. O metroviário é e sempre será unido em suas lutas.

A afirmação de que “a luta continua” não é apenas um jargão da organização coletiva dos trabalhadores. Na verdade deve ser uma forma de ação e mobilização constante para promover uma luta – de igual para igual – contra o poderio financeiro, administrativo e político das empresas.

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